Quero ter uma coleção de vinhos: por onde começar?
Os vinhos, assim como carros clássicos ou peças de arte, possuem histórias bem documentadas e valores diferenciados.
Isso faz com que desperte o desejo em colecionar, afinal, vinhos raros estão entre os colecionáveis mais procurados do mercado.
Para isso, é necessário organizar, planejar e ter em mente quais rótulos e estilos de vinhos integrarão a sua adega.
Mas para quem está entrando para o fascinante mundo do vinho sempre surgem aquelas dúvidas: qual vinho devo escolher? Quais os vinhos mais recomendados para iniciantes?
Todos os tipos de vinho vão bem do aperitivo ao prato principal, tudo depende do que agrada seu paladar. Que tal um vinho tinto com petiscos, um vinho branco com queijos e um espumante para o prato principal? O importante é dar o primeiro passo.
Independente da forma que você organize sua coleção, não esqueça de se premiar com um rótulo especial de vez em quando. Compartilhe amor (e vinho) com as pessoas que você ama, essa é a melhor maneira de degustar vinhos.
Não sabe ainda por onde começar? Separamos algumas dicas simples para você ter a sua própria coleção!
Faça um planejamento
Antes de tudo, faça um planejamento. Colecionar exige um bom investimento e se você não estiver preparado para arcar com cifras astronômicas. Planeje os seus gastos, os custos irão até onde você estiver disposto a pagar.
Separe um espaço para armazenar os vinhos de guarda. Embora a maioria dos vinhos da sua coleção seja produzida para ser consumida em meses, os vinhos tintos, por exemplo, oferecem um sabor mais apurado depois de alguns anos.
Procure qualidade, mas que esteja dentro do orçamento. Esteja preparado para gastar com frascos e um bom ambiente para armazenar os rótulos, evitando que estraguem com o passar do tempo. Não adianta começar com grandes frascos e acabar se endividando, por isso, fique atento aos gastos!
Prove antes de comprar
Quando estamos começando a beber vinho, é importante que identifiquemos o que gostamos no vinho. E, normalmente, os vinhos da gama de entrada são boas opções de vinhos para iniciantes. Pois são exemplares mais simples e que revelam as suas características de aromas e sabores com mais facilidade.
Uma dica é optar pelos vinhos que você realmente gosta de consumir. Caso esteja pensando apenas no potencial de investimento de uma coleção de vinhos, é preciso entender que não há garantias de que os preços das garrafas se tornarão rentáveis dentro desse período. Por esse motivo, planejar uma coleção de vinhos que respeita o seu gosto é o ideal.
Não adianta ter uma adega cheia de nomes famosos e pontuações altas de que você não gosta. Vinhos de alta pontuação denotam qualidade. Mas isso não tem nada a ver com gosto pessoal. Embora você provavelmente goste de vinhos altamente cotados na maioria das vezes, grandes pontuações não são uma garantia de que o vinho seja produzido no estilo que você vai gostar. Existem milhares de grandes vinhos produzidos em diferentes estilos e a única maneira de alguém decidir o que gosta é degustando o maior número possível de vinhos diferentes. Essa é a chave para quem quer colecionar vinho.
Compre uma garrafa e prove antes de comprar uma caixa. Porém, evite comprar mais de duas caixas de um mesmo vinho. Porquê, poderá perguntar-se. Os gostos do colecionador vão evoluindo.
Na hora de dar uma festa, por exemplo, prefira sempre seis vinhos diferentes a seis iguais. Além de mostrar o seu repertório aos seus amigos, permite que eles possam desfrutar de bons vinhos na sua companhia.
Organize os rótulos por longevidade
Se você já tem uma boa quantidade de rótulos, o ideal é organizar as garrafas de vinho de acordo com o tempo correto de conservação.
O que ocorre muito é encontrar vinhos excelentes e caros numa prateleira bonita da cozinha que são exibidos como decoração que se foram destruindo gradualmente devido às temperaturas demasiado quentes ou à baixa umidade que secou a cortiça.
Eles precisam ser mantidos em ambientes frios e úmidos (15°C, 65% de umidade relativa).
Administre a sua coleção sem deixar que a ação do tempo interfira no consumo de vinhos com baixa longevidade. Invista numa unidade de temperatura controlada, crie um inventário do que compra e não se esqueça de mencioná-los todos à sua seguradora caso tenha uma falha de energia.
E para facilitar, organize os rótulos em ordem decrescente, por vinhos fortificados, tintos encorpados, brancos encorpados, espumantes, tintos leves e brancos leves.
Fique atento a cópias e falsificações
O vinho é um dos colecionáveis mais fáceis de falsificar.
Desconfie de um Champagne de 1860 vendido em um quiosque qualquer, mas também saiba reconhecer um bom negócio quando aparecer.
Desconfie de marcas que geralmente não são vendidas em um quiosque qualquer, mas saiba reconhecer um bom negócio.
Por isso é tão importante ter sempre a documentação em mãos. Ao negociar uma garrafa valiosa, procure conhecer o máximo de detalhes sobre ela e conferir nos documentos disponíveis.
Guarde toda a documentação
Como citado acima, para evitar uma compra falsa o ideal é ter a documentação em dia e bem guardada, assim como você guarda seu vinho valioso: seguramente armazenado e catalogado.
Parece fútil dizer isso, mas é essencial guardar os recibos da compra, o nome da pessoa que te vendeu, o texto do leilão original, a nota fiscal… Tudo!
Adicionalmente, escreva uma descrição detalhada da garrafa incluindo possíveis características que a fazem ser única.
Isso é válido para vários tipos de coleções, mas é especialmente importante para vinhos.
Comece pequeno
Por último e não menos importante, comece pequeno. Devagar é a chave para o sucesso.
Sua coleção de vinhos não precisa começar nos leilões mais concorridos.
Onde você estiver, haverá pelo menos um grupo de colecionadores de vinho, leilões locais e pessoas bem informadas que poderão te ajudar a conseguir impulsionar sua coleção.
Procure por garrafas interessantes da região, com aspectos diferenciados, que se adequem à sua coleção e ao seu paladar e não esqueça: compre somente aquilo que caiba no seu orçamento. Reforce no planejamento!
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